Nesta última semana, as atenções se voltam novamente ao Oriente Médio. Desta vez as notícias não são sobre os mercenários
financiados pelo imperialismo ocidental que estavam criando caos na Síria para
tentar desestabilizar este país que luta pela soberania frente ao imperialismo
dos EUA e de Israel, mas sobre o mais recente massacre de palestinos, na faixa
de Gaza, pela entidade sionista.
O movimento sionista, inspirado na ideia da formação de
um estado racial judeu na Palestina, desde sua fundação em fins do século XIX,
vem se ligando aos mais reacionários impérios da história para realizar seu
projeto de colonização. Depois de sua fundação na sangrenta guerra de 1948,
aplica uma política atroz de colonização e despovoação (de suas populações
originárias) dos territórios árabes (principalmente o palestino). Contando com
a superioridade militar que lhe proporciona a aliança com a maior potência
bélica do mundo — os EUA —, os sionistas têm saído impunes dos horrores que
praticam contra os povos daqueles territórios, mesmo com a constante denúncia
contra seus crimes que reverberam das vozes de associações humanitárias até
conhecidos chefes de Estado.
É eterna na memória dos palestinos, através da
experiência vivida, e na dos povos amantes da liberdade e da paz em todo mundo,
através do relato de Jacques Reynier, delegado chefe da Cruz Vermelha
Internacional, os horrores de Deir Yassin em 1948: “Trezentas pessoas foram
mortas, sem nenhum motivo militar e sem qualquer espécie de provação; anciãos,
mulheres, crianças, recém-nascidos, foram selvagemente assassinados com
granadas e facas por tropas judias da Irgun, perfeitamente controladas e
dirigidas por seus líderes”. E o relato prossegue na descrição de horrores que
nada deixam a dever aos da recém encerrada Segunda Guerra Mundial. Quase vinte
anos depois, na guerra dos seis dias, o Estado de Israel mostrava a mesma
crueldade fazendo expandir sua dominação para novos territórios árabes. Dessa
vez era o general De Gaulle quem advertia que Israel levantava contra si uma
resistência que mais tarde combateria através da acusação de terrorismo.
Nos últimos cinquenta anos a violência se mantem e os
palestinos expulsos de suas terras seguem sendo martirizados. Atualmente 1,5
milhão vive esmagados em Gaza sofrendo frequestes ofensivas e retaliações do
exército israelense. A pior delas, no final
de 2008 e início de 2009, deixou mais de 1,4 mil palestinos mortos. Treze
israelenses, sendo 10 soldados, perderam a vida. A situação se tornou crítica
nos últimos tempos quando o Primeiro-Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu,
afirmou que não negociaria com o "presidente" palestino Mahmoud Abbas
não representava também o Hamas (Movimento de Resistência Islâmica Palestina).
Quando Abbas formou um governo de unidade, Netanyahu diz que não negociaria com
um governo unificado com "terroristas". Deste modo, a tensão se
manteria e geraria mais mortos. E é o que vem ocorrendo desde o dia 7 de Julho:
a perpetuação de um genocídio contra o povo palestino.
Sob o pretexto de que o Hamas havia assassinado três
adolescentes judeus na Cisjordânia (o que não fora comprovado), o Exército de
Israel lança uma nova ofensiva sobre a população civil da Faixa de Gaza. Pelos
dados oficiais da ONU, 1,8 milhões de pessoas já foram afetadas pelos ataques
sionistas; 168 pessoas foram mortas, sendo ao menos 133 civis, dentre os quais
36 crianças.
O Movimento Bandeira Vermelha envia as mais calorosas
solidariedades ao povo palestino que resiste fortemente em defesa de sua etnia
e de seu território. Condenamos com todas as forças o sionismo do Estado de
Israel e todos os seus lacaios que contribuem para tentar limpar as suas mãos sujas de
sangue. A defesa dos direitos democráticos ao povo palestino é dever de todos
aqueles que levantam a bandeira da paz, da prosperidade e dos direitos mais
triviais à humanidade.
MOVIMENTO BANDEIRA VERMELHA
São Paulo, 14 de julho de 2014
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