sábado, 13 de setembro de 2014

(NOTAS DA GUERRA POPULAR) ANG BAYAN: Estala o fogo da luta armada em Visayas e pelo arquipélago inteiro


Por ocasião do avanço da Guerra Popular na região de Visayas, nas Filipinas, o Movimento Bandeira Vermelha divulga este documento publicado no jornal Ang Bayan, órgão central do Partido Comunista das Filipinas, publicado no último 9 de setembro.

A luta armada revolucionária está avançando perfeitamente a nível nacional. Por conta disto, o Ang Bayan mostra aqui os relatórios sobre as vitórias do Novo Exército Popular (NEP) no avanço da revolução armada nas regiões de Visayas, particularmente em Visayas Oriental, Panay e nas ilhas Negros. 

Estas regiões estão entre os alvos prioritários da massiva campanha de repressão contrarrevolucionária Oplan Bayanihan das Forças Armadas das Filipinas (AFP) sob o regime USA-Aquino. Mas, após quatro anos, os oficiais militares nada tem a mostrar por seus esforços a não ser declarações vazias de que "o inimigo foi derrotado" ou que "a paz foi conquistada."

Estas regiões são, da mesma forma, as mais pobres do país por conta do generalizado monopólio da terra e das mais brutais formas de exploração feudal. Elas são governadas pelos grandes latifundiários, incluindo aqueles que controlam vastos campos de arroz em Samar, terras de côco em Leyte, e milhares de hectares de plantações de cana de açúcar em Panay e Negros.

Projetos de impacto como a Barragem Jalaur em Iloilo, estradas em Samar, e entre outras, servem apenas de vacas leiteiras para funcionais corruptos do regime de Aquino e de seus compadres locais.

Como o restante do povo filipino, o povo de Visayas possui um desejo tão ardente quanto pela mudança revolucionária. A maior parte de Visayas é um estrondoso vulcão ameaçando entrar em erupção frente à intensificação da luta de classes.


Em Negros, há um movimento generalizado dos assalariados agrícolas para tomarem terras improdutivas para a produção de alimentos, desafiando abertamente as leis dos latifundiários despóticos. Em leite, lavradores das fazendas de côco estão se levantando para conquistarem seu direito à terra. Em Panay, a nação Tumanduk está lutando por dezenas de milhares de hectares de suas terras ancestrais sendo griladas pelas Forças Armadas das Filipinas.

A luta armada revolucionária em Visayas está avançando em conjunto com o movimento camponês antifeudal cada vez mais forte e generalizado. São nas regiões onde a luta de classes é mais intensa que o maior número de pessoas optam por se tornarem combatentes vermelhos, o Novo Exército Popular desfruta do mais profundo apoio e o fogo da luta armada brilha da forma mais brilhante.

As regiões em Visayas foram as mais devastadas pelo furacão Yolanda no último ano. O Yolanda puxou o povo para a miséria e opressão ainda maiores. O resposta excessivamente lenta e completamente inadequada ao desastre por parte do regime USA-Aquino causou dificuldades ainda maiores para o povo.

Ao contrário das deturpações de Aquino, as forças revolucionárias entraram em ação junto ao povo de Visayas para organizar um amplo movimento de camponeses, pescadores e minorias nacionais para abordar coletivamente a devastação trazida pelo furacão Yolanda. Eles fizeram imediatamente esforços conjuntos para reconstruir casas danificadas e equipamentos de produção, para facilitar a circulação de ajuda humanitária de outras regiões, assim commo de agências nacionais e internacionais, e iniciar a agricultura coletiva para revitalizar a produção.

Mas, enquanto as forças revolucionárias focavam na reabilitação, as Forças Armadas das Filipinas, sob as Oitava e Terceira Divisões de Infantaria, conduziam implacavelmente sua guerra contrarrevolucionária. Mesmo com a devastação generalizada e a despeito do cesar fogo declarado pelo Partido Comunista das Filipinas nas regiões afetadas pelo tufão, soldados fascistas continuaram seu massacre e sua campanha de repressão sem cessar. O inimigo utilizou o terrorismo fascista contra o povo, que tomou a iniciativa de se levantar do desastre e protestar fortemente contra a negligência criminosa do governo presente.

O avanço sem cessar da revolução armada em Visayas desmascara a desonestidade da Oplan Bayanihan e resiste à sua brutalidade fascista. O Novo Exército Popular utiliza as táticas de guerra de guerrilhas para intensificar continuamente a guerra popular.

Com o fim de elevar a guerra popular para um nível maior e superior, a luta armada deve avançar ainda mais em Visayas e no resto do país. Os comandos do NEP devem ser fortalecidos e os planos de batalha devem ser elaborados aos níveis regional e subregional. Os comandos do NEP devem, por completo, manter a iniciativa de batalha e aproveitar todas as oportunidades para causar golpes de morte contra o inimigo. Mais e maiores ofensivas táticas devem ser realizadas nos locais onde a vitória é certa. As milícias populares devem ser expandidas e fortalecidas, e sua capacidade para lançar ações coordenadas e independentes deve ser elevada. As lutas de massas antifeudais de centenas, para milhares e para milhões de camponeses devem ser expandidas, fortalecidas e intensificadas.

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